sábado, 13 de julho de 2013

Renascendo de Lepra, parte 1

Aqui começava esta incrível história
de recuperação (foto: Diario El Litoral)
De virtualmente rebaixado, ao grupo das 4 melhores equipes da América do Sul. O Newell's Old Boys recuperou muito de seu prestígio nos últimos 2 anos. Depois de um 2011 desastroso, a hinchada rojinegra viu - e participou de - uma reação institucional que raramente é vista no mundo do futebol. Tudo isto, claro, protagonizado por alguns de seus maiores ídolos da história recente, que voltaram a Rosario para colaborar de forma decisiva para esta retomada. Vamos conhecer esta história em um especial, em duas partes, esta sendo a primeira; a segunda, será publicada na noite de segunda (15). Para começar, voltamos um pouco no tempo, mais especificamente para o ano de 2010. No segundo semestre do ano anterior, o Newell's havia perdido o Apertura de forma dramática, sendo derrotado em casa pelo San Lorenzo na última rodada, enquanto o Banfield (que foi o campeão) também perdeu, para o Boca, em La Bombonera. Treinado por Roberto Sensini, o time contava, entre outros, com o ídolo Bernardi, Fórmica e o artilheiro uruguaio Boghossian.

Decepção dupla no centro da Terra

A grande campanha em 2009 garantiu La Lepra na Copa Libertadores da América do ano seguinte. Ali começou a desandar o time rosarino. Com a 3ª melhor campanha no ano, fora os campeões, o Newell's foi disputar a 1ª fase, em duelo de ida e volta, contra o Emelec, do Equador. Foi um desastre. A eliminação devastou o moral do ótimo elenco. A equipe que tinha condições de lutar pelos campeonatos, foi o 6º no Clausura e o 9º no Apertura, muito aquém de suas capacidades. Com isto, o time ficou fora da Libertadores de 2011, 9 pontos atrás do Argentinos Juniors, o último classificado. Na Copa Sul-Americana de 2010, eliminação para a Liga de Quito, nas quartas-de-final. Pela segunda vez no ano a equipe caía no Equador; na Libertadores, a derrota por 2 a 1 em Guayaquil condenou os leprosos, enquanto na Sul-Americana, na altitude de Quito, foi um revés por 1 a 0 que condenou os rojinegros. Mais uma coincidência: nos jogos do Coloso del Parque, dois empates sem gols. No jogo de volta contra a Liga, o meio-campo já contava com Mateo e Bernardi.

Um 2011 para se esquecer. Ou não...

Fórmica (10) foi o principal jogador
do Newell's entre 2006 e 2010
(foto: Reuters)
Em grande crise financeira, sem vaga para a Libertadores da América, o começo de 2011 foi complicado no Parque de la Independencia. O clube entrava no seu sétimo ano sem título e a única alegria para o torcedor leproso era ver o seu arquirrival Rosario Central afundado na Primera B Nacional. Houve um desmanche no elenco, com a saída de, entre outros, Mauro Fórmica, destaque do time nos anos anteriores. Claudio Bieler, que se destacou muito na Liga de Quito, e que estava encostado no Racing, era o principal reforço para o Clausura. Foi um desastre, assim como o restante da equipe, vice-lanterna, com 16 pontos em 19 jogos. Sensini fora demitido ainda no Clausura, e depois dele passaram outros 4 treinadores pelo Coloso del Parque. Obviamente não tinha como dar certo: a pontuação no Apertura foi a mesma do Clausura, com apenas uma vitória, na 4ª rodada.

A retomada nas mãos de um ídolo

Tata Martino retornou ao Newell's
no final de 2011
(foto: futbolargentino.com)
O desempenho no ano de 2011 ligou o alerta no Parque de la Independencia. Sim, os promedios começavam a preocupar e a briga contra o descenso era uma realidade. Para tentar mudá-la, Gerardo Tata Martino, ídolo dentro de campo e de bom trabalho na seleção paraguaia, foi o nome buscado. A ideia era fazer pontuação suficiente para evitar a queda. O time não se reforçou, apostou no elenco disponível e nomes como Sperduti, Urruti e Pablo Pérez passaram a render muito melhor. Apenas uma vitória conquistada nos últimos 5 jogos do Clausura tirou a possibilidade de título, mas os 32 pontos foram suficientes para evitar a Promoción. O Torneo Inicial foi ainda melhor: o Newell's foi vice-campeão, com 36 pontos e apenas uma derrota no campeonato. O ano seguinte prometia, com reforços como Maxi Rodríguez e Cáceres, que começariam a formar a equipe que entrou para a história, e que veremos mais a fundo na 2ª parte do nosso especial.

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